segunda-feira, 18 de maio de 2015

Pela 5ª semana seguida, mercado eleva estimativa de inflação de 2015

Entretanto, pela 2ª semana seguida, previsão para IPCA de 2016 recuou.
Expectativa dos analistas de retração do PIB deste ano seguiu em 1,2%.


Os economistas do mercado financeiro subiram, pela quinta semana consecutiva, sua estimativa de inflação para este ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – que passou de 8,29% para 8,31%.
O levantamento foi feito pelo Banco Central na semana passada com mais de 100 instituições financeiras, e divulgado nesta segunda-feira (18) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus.
Para 2016, porém, a previsão dos economistas para o IPCA recuou de 5,51% para 5,50% na última semana. Foi a segunda queda seguida deste indicador. Se confirmada, a previsão do mercado para a inflação de 2015 (de 8,31%) atingirá o maior patamar desde 2003, quando ficou em 9,3%.
A expectativa oficial do governo para a inflação deste ano, divulgada recentemente por meio do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, está em 8,2%. A equipe econômica informou, na ocasião, que está utilizando as previsões do mercado financeiro em seus documentos.
Segundo economistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.
Produto Interno Bruto
Para o comportamento do PIB neste ano, os economistas do mercado financeiro mantiveram sua previsão, na semana passada, para uma retração de 1,20%. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. Para 2016, o mercado manteve sua previsão de alta do PIB em 1%.
No fim de março, o IBGE informou que a economia brasileira cresceu 0,1% em 2014. Em valores correntes (em reais), a soma das riquezas produzidas no ano passado chegou a R$ 5,52 trilhões, e o PIB per capita (por pessoa) caiu a R$ 27.229. Esse é o pior resultado desde 2009, ano da crise internacional, quando a economia recuou 0,2%.
Taxa de juros
Após o Banco Central ter subido os juros para 13,25% ao ano no fim de abril, o maior patamar em seis anos, o mercado manteve em 13,50% sua previsão para a taxa básica da economia no fim do ano – o que pressupõe novo aumento da Selic em 2015. A aposta dos economistas é de que este aumento virá em junho, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços.
Câmbio, balança e investimentos
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2015 permaneceu em R$ 3,20 por dólar. Para o término de 2016, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 3,30 por dólar.
A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2015 permaneceu inalterada em US$ 3 bilhões de resultado positivo. Para 2016, a previsão de superávit caiu de US$ 10 bilhões para US$ 9,45 bilhões.
Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil subiu de US$ 59 bilhões para US$ 61 bilhões. Para 2016, a estimativa dos analistas para o aporte permaneceu avançou de US$ 60 bilhões para US$ 64 bilhões.

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