quinta-feira, 14 de maio de 2015

Sem-teto colocam nomes em placas para marcar lotes em ocupação

Área vizinha à represa Guarapiranga, ocupada em março, tem 422 famílias.
Segundo a Prefeitura, capital tem 90 invasões, entre prédios e terrenos.




Um grupo de sem-teto ocupou um terreno na Zona Sul de São Paulo, ao lado da represa de Parelheiros, e dividiu lotes entre os interessados. Os futuros moradores colocaram placas com seus nomes para reservar os espaços.
A ocupação começou no final de março e 422 famílias já foram para lá ou reservaram um lote. No local, há placas com nomes como Fernanda e Roberto.
“O pessoal começou [a ocupação] e vazou a informação. Todo mundo correu e marcou seu pedacinho. Estou esperando chegar umas madeiras para terminar de levantar o barraco”, afirma o autônomo Fábio Pereira.
Outro que monta um barraco no local é o pintor Daniel Dutra. Questionado sobre o medo de perder o investimento em uma ação de reintegração de posse, ele falou que é preciso arriscar. “Medo tem, mas tem que cair pra dentro e arriscar. Várias estão dando certo. Por que essa aqui não pode dar também?”, questionou o pintor.
A ocupação acontece apesar de a Justiça ter determinado a desocupação do terreno ainda em março, atendendo um pedido do proprietário. Os moradores vizinhos também se queixam da ocupação e afirmam que ela vai levar esgoto para a represa Guarapiranga, que serve para abastece de água a capital paulista.
A Prefeitura de São Paulo afirma que são 90 os prédios e terrenos invadidos na capital. Informou também que há terrenos garantidos para 95 mil novas unidades habitacionais.
O déficit habitacional da capital é de 670 mil domicílios.

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