terça-feira, 11 de agosto de 2015

Sundar Pichai: quem é o CEO indiano do Google Inc., pós-Alphabet?

Executivo comandará subsidiária responsável por Youtube, Gmail e Android.
Ele é novo responsável por maior divisão da 3ª marca mais valiosa do mundo

Do G1, em São Paulo
Sundar Pichai, vice-presidente de Android, apresenta relógios inteligentes que usam o sistema (Foto: Elijah Nouvelage/Reuters)Sundar Pichai, vice-presidente de Android, apresenta relógios inteligentes que usam o sistema (Foto: Elijah Nouvelage/Reuters)
Google anunciou nesta segunda-feira (10) uma alteração em sua estrutura corporativa, o que colocará cada área de seus negócios sob o guarda-chuva de uma nova empresa, batizada de Alphabet, comandada pelos seus fundadores originais, Larry Page e Sergey Brin. Com a mudança, um de seus atuais vice-presidentes, Sundar Pichai, se torna o novo presidente executivo da Google Inc., o braço de serviços de internet da companhia. (veja abaixo como fica a nova estrutura)
Em 2004, o indiano Pichai Sundararajan acabara de entrar em uma empresa que acabara de estrear na bolsa, sob o ceticismo que acompanhava a geração de empresas engolidas pela bolha da internet. Onze anos depois e já conhecido como Sundar, o executivo de 43 anos assume como o CEO da subsidiária que gera grande parte da receita de US$ 66 bilhões ao ano e foi criado pela maior mudança estrutural da história da empresa de tecnologia.
Com o anúncio desta segunda, feito de sem alarde através de uma publicação no blog da empresa, Page e Brin não só anunciaram um novo líder para os negócios. Eles divulgaram um novo desenho da estrutura corporativa da companhia que se tornou sinônimo de buscas na internet.
Criaram uma companhia chamada de Alphabet, que, depois de um processo de fusão, será a holding a reunir abaixo de si todas as outras divisões do Google. Page e Brin criaram da noite para o dia uma empresa que passou a ser dona do Google, a terceira marca mais valiosa do mundo em 2015 segundo avaliação da revista "Forbes", avaliada em US$ 434,44 bilhões, sem gastar um centavo.
No novo esquema, a Google Inc. dividirá espaço com outras subsidiárias, como Calico (genética), Google X (pesquisa e desenvolvimento), Google Ventures (investimento em startups), Google Capital (investimento em empresas), Fiber (conexão via fibra ótica) e Nest (eletrônicos para casas).
CEO da grana
Apesar de ter de dividir as atenções com os outros CEOs de cada área, Pichai controlará a empresa que levará dinheiro para a Alphabet. Será sua empresa que gerenciará as principais fontes de receita, dos anúncios na internet ao faturamento com as compras de aplicativos e outros conteúdos digitais. Isso ocorrerá porque sobre a batuta dele estarão os serviços do Google com os que os consumidores, de fato, têm contato: o correio eletrônico Gmail, o motor de buscas, o sistema operacional Android, o portal de vídeos YouTube e a loja de aplicativos, músicas e outros conteúdos Google Play.
O engenheiro metalúrgico formado pelo Instituto de Tecnologia de Kharagpur, na Índia, chegou a ser cogitado para assumir a Microsoft, enquanto a companhia procurava um novo CEO apósSteve Ballmer anunciar sua saída em 2013. Nada mal para o executivo que ergueu sua carreira no Google destruindo serviços da emrpesa.
O até então vice-presidente de produto tem suas digitais no Gmail (lembra do Hotmail?) e foi durante muito tempo o líder do Chrome (alô, Internet Explorer). Além deles, Pichai foi um dos principais responsáveis pela criação do serviço de armazenamento Google Drive e do Google Maps. Em 2013, o Android, que equipa milhões de aparelhos, passou a ser um dos produtos sob sua supervisão.
Fora do Google
No currículo de Pichai consta ainda algumas incursões fora do Google, como o cargo de diretor da Jive Software (soluções colaborativas de comunicação) e o de membro do conselho na Ruba (guia de viagem). O histórico dele mostra, antes de tudo, que os serviços agora sob tutela da Google Inc. já passaram por suas mãos de alguma forma.
Mas, se antes Sundar Pichai apenas lidava com a parte operacional desses produtos, agora terá a preocupação de se preocupar também com a receita que geram. É esse o dinheiro que faz os carros autônomos e balões fornecedores de internet, desenvolvidos pelas outras divisões, desfilarem por aí.
Reformulação do Google (Foto: Arte/G1)

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